Santa Catarina tem o segundo melhor resultado na proporção de domicílios com existência de internet. O estado apresentou taxa de 96,5%, atrás apenas do Distrito Federal, que tem 98%. O índice está acima da média brasileira de 93,6%.
Os dados foram divulgados pelo IBGE na última quinta-feira, 24, com os resultados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua). Os dados compõem o Módulo de Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC) e são divulgados anualmente.
Em relação ao funcionamento de internet móvel no domicílio, Santa Catarina ocupa o terceiro melhor percentual entre as 27 UFs. A proporção no estado é de 95,6%, atrás apenas do Distrito Federal e do estado de São Paulo.
Crescimento na série histórica
De acordo com a PNAD Contínua, Santa Catarina teve um crescimento de 53,64% no número de domicílios com acesso à internet, entre os anos de 2016 e 2024. Esse dado considera todas as formas de conexão à internet, por meio de banda larga, móvel, satélite, entre outras tecnologias.
No período de 2016 a 2024, a quantidade de domicílios com acesso à banda larga cresceu 53,7%. Já a proporção de domicílios com banda larga fixa e móvel aumentou de 51,3% para 77,4% nesse intervalo de tempo. Esse último recorte mostra que mais domicílios passaram a ter acesso simultâneo à banda larga fixa e móvel, ou seja, melhor qualidade e diversidade de conexão.
Em relação à finalidade de acesso à internet, o crescimento de acesso a serviços bancários e a outras instituições financeiras foi de 24,61% entre 2022 a 2024. No mesmo período, o uso da internet para compra ou encomenda de bens ou serviços cresceu quase 14%. Já a utilização para acesso a redes sociais cresceu menos que 5% no intervalo.
O secretário de Estado do Planejamento, Fabricio Oliveira, destacou a relação direta entre os dados da PNAD Contínua e os avanços na qualidade de vida em Santa Catarina. “Tivemos a menor taxa de desemprego do país e o menor índice de informalidade entre todas as unidades federativas, no primeiro trimestre de 2025. Além disso, alcançamos o quarto melhor rendimento médio habitualmente recebido em todos os trabalhos, bem acima da média nacional”, afirmou Fabricio.
Desafios na área rural
Em relação à área de cobertura móvel e por fibra óptica, o Estado tem a média de cobertura total de 92,3%, enquanto a área rural tem 50,8%. Esse levantamento foi feito pela Diretoria de Desenvolvimento Territorial da Seplan, com base na prévia divulgada pelo IBGE sobre a Malha dos Setores Censitários.
“Diante dos dados apresentados, reconhecemos avanços importantes em nosso estado, mas também um desafio nas áreas rurais. Estamos desenvolvendo estudos robustos sobre a cobertura móvel e por fibra óptica em todo o território catarinense. Mapeamos as lacunas existentes e identificamos as condições potenciais de desenvolvimento, com foco na ampliação do acesso e na redução das desigualdades digitais entre as áreas urbanas e rurais. Alinhados com o Plano de Governo do Jorginho Mello, estamos trabalhando para que a inclusão digital seja uma realidade nas comunidades mais afastadas dos centros urbanos. Entendemos que isso favorece o desenvolvimento, o aumento do emprego e da renda nas áreas rurais”, afirmou o secretário da Seplan, Fabricio Oliveira.
Para o secretário, compreender de forma qualificada os dados oficiais é fundamental. Nesse contexto, a PNAD Contínua é uma das principais fontes de informações sobre a realidade socioeconômica das unidades federativas do país. O módulo TIC da pesquisa identifica o nível de inclusão digital e de desigualdades sociais, as mudanças nos hábitos de consumo por meio da internet e dos dispositivos móveis, tendências nas áreas da educação, saúde, trabalho e economia digital.