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Laudo descarta álcool e drogas em dentista morto em cela; família aponta negligência e cobra responsabilização

Reviravolta: laudo comprova que dentista não ingeriu bebida alcoólica antes de morrer em cela de delegacia em SC

O caso da morte do dentista e servidor público federal Cezar Maurício Ferreira, 60 anos, dentro de uma cela da Polícia Civil em São José , ganhou novos capítulos nesta semana.

Um laudo toxicológico oficial confirmou que não havia álcool ou drogas ilícitas no organismo da vítima, contrariando a suspeita inicial de embriaguez.

O acidente e a prisão
Na noite de sexta-feira (18), Cezar colidiu seu Peugeot 208 contra a traseira de um Jeep Compass no bairro Jardim Cidade de Florianópolis.

O acidente foi leve, com apenas danos materiais. Testemunhas e policiais relataram que ele apresentava confusão mental e dificuldade de fala, o que foi interpretado como sinais de embriaguez.

Sem conseguir realizar o teste do bafômetro, ele foi levado ao plantão da Polícia Civil e colocado em uma cela por volta das 20h45.

Não houve atendimento médico. Na manhã de sábado (19), às 7h40, foi encontrado morto, caído de bruços no chão da cela.

Vídeo mostra desorientação
O Jornal Razão teve acesso a um vídeo do interrogatório, no qual Cezar aparece visivelmente desorientado, respondendo “certo” a todas as perguntas, sem compreender o que estava acontecendo.

A própria delegada encerra o depoimento ao perceber o estado dele.

Laudo toxicológico


O exame pericial constatou a presença apenas de medicamentos de uso contínuo (cardíacos, para diabetes, depressão e pressão alta), sem qualquer vestígio de álcool ou drogas ilícitas. Para a família, isso reforça que Cezar não estava embriagado, mas sim sofrendo um mal súbito que não foi atendido.

Família cobra respostas
Parentes afirmam que não foram comunicados da prisão e só souberam da morte horas depois. O advogado da família, Wilson Knöner Campos, classificou o caso como “abuso de autoridade com resultado fatal” e anunciou que será protocolada uma representação pedindo o afastamento de todos os agentes envolvidos.

“Cezar não precisava de uma cela. Ele precisava de um médico. Foi tratado como criminoso e morreu sem ajuda”, disse o advogado.

🔎 Investigação em andamento
A Polícia Civil informou que instaurou um inquérito para apurar as circunstâncias da morte e solicitou um relatório de inteligência interna. A família, entretanto, cobra celeridade e responsabilização:

“A pergunta agora não é mais o que aconteceu. É: quem será responsabilizado por essa negligência fatal?”

O caso segue sendo acompanhado de perto pelo Ministério Público e por entidades de direitos humanos, enquanto cresce a pressão pública por respostas.

Fonte Original Jornal Razão

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