O vereador Sidnei Eunézio de Mira, conhecido como Mira da Estiva (MDB), de São Francisco do Sul (SC), voltou a ser notícia neste domingo (17). Após divulgar um vídeo negando ter agredido a esposa e alegando que a imprensa estaria realizando uma cobertura “tendenciosa”, a companheira do parlamentar, Sabrina Ribeiro, publicou uma gravação de quase dez minutos contestando a versão do marido e detalhando o que teria ocorrido.
Relato da esposa
Sabrina afirma que é casada com o vereador há mais de dez anos e que, no início de maio, indicou uma amiga para ocupar um cargo de assessora no gabinete de Mira da Estiva. Segundo ela, logo começaram as suspeitas de uma suposta traição.
No vídeo, Sabrina relata que, no sábado (16), decidiu seguir o marido, que havia saído de casa com uniforme de estivador, alegando que iria trabalhar. Ela afirma que ele apenas passou no porto para despistar e, em seguida, foi buscar a assessora. “Ele entrou na casa dela uma e meia da tarde e só saiu quase sete horas da noite. Depois disse que estava lá porque o carro tinha estragado e que foi buscar uma ferramenta. Mas que ferramenta demora tanto assim pra achar?”, questionou.
Suposta agressão
Ainda segundo Sabrina, ao confrontar o vereador em frente à residência da assessora, teria sido vítima de violência física. Ela relatou que ele teria tentado calá-la à força, segurando sua boca e aplicando um mata-leão para imobilizá-la. “Ele me deu um mata-leão pra me empurrar e me tirar. Aí eu caí no chão e ele me arrastou. Meu braço está roxo, com marca de dedo, e aqui também tenho hematomas”, detalhou, exibindo os ferimentos.
Mensagens contraditórias
A esposa apresentou mensagens de celular que, segundo ela, contradizem a versão do marido. Sabrina explicou que às 16h13 questionou até que horas ele ficaria trabalhando e que, às 16h47, ele respondeu: “Logo vou, estou trabalhando”. Ela afirmou que, se não tivesse visto pessoalmente, poderia ter acreditado na versão do vereador.
Medida protetiva e próximos passos
Sabrina declarou já ter solicitado uma medida protetiva contra o parlamentar e afirmou estar recebendo apoio de familiares e amigos próximos. “Diante do vídeo que ele fez, me fazendo de coitado e me colocando como agressora, achei necessário mostrar o que realmente aconteceu”, disse.
O caso será investigado pela Polícia Civil de Santa Catarina. Até o momento, não houve posicionamento oficial da corporação, do MDB ou da Câmara Municipal de São Francisco do Sul sobre as acusações.
Fonte Jorna Razão