A empresária Tânia Zappelline, conhecida nacionalmente após ser acusada de matar o marido, o coronel da Polícia Militar de Santa Catarina Silvio Gomes Ribeiro, foi encontrada morta nesta quarta-feira (4), aos 60 anos.
A informação foi confirmada por familiares e amigos, que fizeram publicações de luto e homenagens nas redes sociais.
De acordo com relatos divulgados, Tânia sofreu um acidente vascular cerebral (AVC) e estava internada há alguns dias, mas não resistiu.
O velório será realizado nesta quinta-feira (5), na Igreja Nossa Senhora Auxiliadora, em Massaranduba, sua cidade natal.
Já o sepultamento está previsto para sexta-feira (6), às 9h.
Caso que ganhou repercussão nacional
A morte ocorre dois anos após o Supremo Tribunal Federal (STF) reverter a condenação de Tânia pelo assassinato do marido, ocorrido em maio de 2019, no apartamento do casal, localizado no bairro Estreito, em Florianópolis.
Na ocasião, Silvio Ribeiro, então com 54 anos, foi encontrado morto com sinais de agressão provocados por um halter de academia.
Tânia admitiu ter atingido o marido, mas alegou legítima defesa, afirmando que ele teria ameaçado tirar a própria vida e que, durante a discussão, ela foi agredida e reagiu para se proteger.
Em 2021, no primeiro julgamento, Tânia foi absolvida.
Porém, o Ministério Público de Santa Catarina (MPSC) recorreu, alegando que o júri desconsiderou provas importantes.
Em 2023, um novo julgamento foi realizado, e a empresária acabou condenada a 8 anos de prisão por homicídio qualificado, em regime fechado.
A defesa recorreu ao STF, que restabeleceu a decisão do primeiro júri, anulando a condenação.
Na decisão, o ministro Nunes Marques destacou que a absolvição não significava que as provas haviam sido ignoradas, mas que o júri considerou outros fatores previstos na Constituição.
Trajetória do coronel Silvio Ribeiro
Silvio teve uma longa carreira na Polícia Militar, onde atuou por mais de 30 anos.
Ele se aposentou em 2014, quando era comandante do 21º Batalhão da PM, no Norte da Ilha, em Florianópolis.
O oficial era respeitado dentro da corporação e deixou cinco filhos.
Repercussão nas redes sociais
A morte de Tânia gerou forte repercussão na internet, dividindo opiniões. Enquanto algumas pessoas lamentaram a perda, descrevendo-a como uma mulher dedicada e muito presente no meio fitness, outras relembraram o caso de homicídio, questionando a narrativa de legítima defesa.
Entre os comentários, mensagens como “a justiça divina não falha” e “aqui se faz, aqui se paga” se misturavam a homenagens emocionadas.
Uma pessoa escreveu: “Era uma musa, linda por fora e inspiradora por dentro. Que Deus conforte sua família”.
Já outra afirmou: “Ela matou para simular suicídio e ser herdeira”.