A Justiça de São Paulo determinou que Diego Antônio Sanches Magalhães, suspeito de assassinar a enteada Larissa Manuela, de 10 anos, em Barueri, na Região Metropolitana de São Paulo, seja submetido a um exame de sanidade mental.
A decisão considera relatos de que o réu possui histórico de transtornos psicológicos e teria tentado cometer suicídio.
De acordo com o Tribunal de Justiça de São Paulo, o exame psiquiátrico busca esclarecer se o acusado tinha plena capacidade de compreender seus atos no momento do crime, ocorrido em 12 de junho.
Entenda o caso
Diego confessou à polícia ter desferido 16 facadas na menina dentro da residência onde viviam.
Em depoimento, afirmou que perdeu o controle emocional após uma discussão com a criança, que teria feito comentários sobre uma suposta traição da mãe.
O suspeito relatou que puxou Larissa da cama, a jogou no chão e foi até a cozinha, onde pegou uma faca para cometer o crime.
Ele também disse acreditar que a vítima tenha falecido com o primeiro golpe.
Após o homicídio, Diego saiu da casa, mas retornou mais tarde para buscar o celular.
No dia seguinte, foi trabalhar normalmente e demonstrou surpresa ao ser informado da morte da enteada.
Denúncia e pedido de indenização
O Ministério Público de São Paulo denunciou o acusado por feminicídio qualificado, já que a vítima tinha menos de 14 anos.
As qualificadoras incluem crueldade e uso de recurso que dificultou a defesa da vítima.
Além disso, o MP solicita que Diego seja condenado a pagar R$ 100 mil de indenização aos pais e ao irmão de Larissa.
A família também pediu a exumação do corpo da menina como parte do processo judicial.