domingo,

17/08/2025

Santa Catarina

domingo,

17/08/2025

Santa Catarina

Casal suspeito de latrocínio em Itajaí é preso com filho de um ano e meio

Um casal suspeito de assassinar Rogério Franciskini, de 50 anos, em Itajaí (SC), foi preso nesta semana em Pradópolis (SP) após operação conjunta das polícias de Santa Catarina e São Paulo. A vítima, dono de um conjunto de kitnets, foi encontrada morta com múltiplas facadas no dia 14 de agosto. O caso chocou pela brutalidade e pelo fato de os suspeitos fugirem levando o filho pequeno, de apenas um ano e meio.

O crime

De acordo com a investigação, o crime aconteceu na noite de quarta-feira (13). Rogério, que já tinha passagens pela polícia, estava usando drogas com os inquilinos quando foi atacado. Lucas, natural de Sergipe, confessou ter desferido as facadas. Em depoimento, declarou inicialmente não saber explicar o motivo: “Ah cara, eu não sei por que que eu matei ele”. Depois, detalhou: “Dei uma no coração… não contei, mas foram umas três”.

A companheira dele, de 20 anos e natural de Brasília, relatou que estava em casa cuidando do filho quando ouviu gritos. Segundo ela, Lucas saiu do local ensanguentado e teria admitido: “Eu matei o cara”. A jovem afirmou que apenas pegou documentos e roupas e entrou no carro da vítima a pedido do companheiro.

Prisão em São Paulo

Após o crime, o casal fugiu em direção a outro estado no veículo da vítima, um Onix azul. Informações repassadas pela Polícia Civil de Santa Catarina permitiram que a Polícia Rodoviária Estadual de São Paulo localizasse o carro em Pradópolis. Houve tentativa de fuga, que terminou em acidente. Dentro do automóvel estavam os dois suspeitos e a criança, que não se feriu. Ambos foram presos em flagrante.

O delegado de Repressão a Roubos de Itajaí destacou que o caso foi enquadrado como latrocínio, roubo seguido de morte:
“Obtivemos a prisão preventiva desse casal. Ele assume que matou a vítima, sem apontar uma motivação clara. Tudo indica que a motivação foi patrimonial, até porque houve subtração do veículo”, afirmou.

Contradições e investigação

Nos depoimentos, surgiram contradições. Lucas chegou a citar a participação de um terceiro envolvido, identificado apenas como “peruano”, que também teria desferido golpes de faca. A polícia, no entanto, não confirmou a versão. Para o delegado, a confissão de Lucas não deixa dúvidas sobre sua autoria.

Já a companheira insiste que não presenciou o crime: “Na hora que eu cheguei no carro ele tava com as mãos cheias de sangue. Perguntei o que tinha acontecido e ele falou: ‘eu matei o cara’. Eu pedi pra ir na delegacia, mas ele não me escutou”.

Situação da criança

O filho do casal foi entregue ao Conselho Tutelar e deve ser encaminhado a familiares. O casal permanece detido preventivamente e pode enfrentar pena de 20 a 30 anos de prisão. O inquérito tem prazo inicial de dez dias para ser concluído, enquanto a polícia apura se houve participação de um terceiro suspeito.

Fonte Jornal Razão

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *